Do latim amicu: o que quer bem; partidário; aliado; afeiçoado.
Uma das principais características do ser humano é a capacidade de criar laços afetivos. Ao contrário de outros animais, que estabelecem relações entre seus iguais instintivamente para a convivência em grupo, o homem depende de outros humanos para se espelhar e se apoiar. Um dos maiores laços que firmamos, além dos sanguíneos, é a amizade. É fundamental e indispensável ter amigos, mesmo que imaginários (como na infância).
Recordo-me de minha prima, ainda bem novinha, brincando com um amiguinho invisível. Só ela o enxergava. Ela ainda não estava em fase escolar, não convivia com outras crianças no prédio onde morava e as outras crianças da família eram bem mais velhas que ela. Mas ela tinha um amigo. E os dois se conheciam e, apesar de algumas brigas (!), se davam muito bem.
Na medida em que crescemos, vamos construindo uma grande rede de amigos. Vizinhos, colegas de escola, de cursos, do clube e até em grandes redes virtuais como o Orkut. As amizades, geralmente, surgem a partir de afinidades em comum. Todavia, poucas se tornam sólidas e duradouras.
Tenho que amizade que nasce em mesa de bar se restringe à bebedeira, e nada mais. Nem ao porre se estende. Limita-se ao copo cheio, às brincadeiras, à farra em geral. São positivas e saudáveis, sem dúvida. Afinal, nada como companhias “bom de papo e bom de golo”. Mas lhes falta substrato.
Uma amizade tida como “verdadeira”, para mim, surge num momento de silêncio. Silêncio que significa compreensão, respeito, atenção. Algumas nascem após grandes desavenças ou brigas, quando seguidas de um perdão mútuo. Outras ainda, raras por sinal, são frutos de um namoro que não deu certo.
Já ouvi dizer, diversas vezes, que amigos são aqueles que te apóiam, que sempre te ligam, te defendem, levantam sua moral, exaltam suas qualidades, lhe protegem. Muitas são as características de uma amizade perfeita. Cada um as define à sua maneira, de acordo com as necessidades que lhe cabem.
Sou muito feliz pelos amigos que tenho. Raramente me ligam, nem sempre me apóiam, diversas vezes não me defendem. Alguns já jogaram minha moral lá em baixo. Outros apontaram com desdém os meus defeitos. Deixaram-me desprotegido e me fizeram chorar.
Por tudo isso, considero-os meus amigos. Deposito neles minha maior confiança. Quando me negaram apoio ou não me defenderam, sabiam que eu estava errado, e com isso aprendi. Se derrubaram minha auto-estima, é porque o orgulho e a vaidade me subiam à cabeça, e isso me corrompia. Quando apontaram meus defeitos queriam me indicar o erro. Se me deixaram sem proteção, é porque sabiam que no choro eu me fortaleceria. Se raramente me ligam, é porque não é necessário, nos sabemos mesmo à distância.
Parafraseando Vinícius de Morais, digo que a amizade é um sentimento muito mais nobre que o amor. O amor não permite que seu objeto se divida em outros tipos de afeto, pois possui inerente o ciúme. Assim, mesmo sofrendo, poderia suportar perder todos os meus amores, mas perderia o chão se me faltassem os amigos.
Na vida não fazemos amigos, não os conquistamos nem os escolhemos, simplesmente os reconhecemos.
Uma das principais características do ser humano é a capacidade de criar laços afetivos. Ao contrário de outros animais, que estabelecem relações entre seus iguais instintivamente para a convivência em grupo, o homem depende de outros humanos para se espelhar e se apoiar. Um dos maiores laços que firmamos, além dos sanguíneos, é a amizade. É fundamental e indispensável ter amigos, mesmo que imaginários (como na infância).
Recordo-me de minha prima, ainda bem novinha, brincando com um amiguinho invisível. Só ela o enxergava. Ela ainda não estava em fase escolar, não convivia com outras crianças no prédio onde morava e as outras crianças da família eram bem mais velhas que ela. Mas ela tinha um amigo. E os dois se conheciam e, apesar de algumas brigas (!), se davam muito bem.
Na medida em que crescemos, vamos construindo uma grande rede de amigos. Vizinhos, colegas de escola, de cursos, do clube e até em grandes redes virtuais como o Orkut. As amizades, geralmente, surgem a partir de afinidades em comum. Todavia, poucas se tornam sólidas e duradouras.
Tenho que amizade que nasce em mesa de bar se restringe à bebedeira, e nada mais. Nem ao porre se estende. Limita-se ao copo cheio, às brincadeiras, à farra em geral. São positivas e saudáveis, sem dúvida. Afinal, nada como companhias “bom de papo e bom de golo”. Mas lhes falta substrato.
Uma amizade tida como “verdadeira”, para mim, surge num momento de silêncio. Silêncio que significa compreensão, respeito, atenção. Algumas nascem após grandes desavenças ou brigas, quando seguidas de um perdão mútuo. Outras ainda, raras por sinal, são frutos de um namoro que não deu certo.
Já ouvi dizer, diversas vezes, que amigos são aqueles que te apóiam, que sempre te ligam, te defendem, levantam sua moral, exaltam suas qualidades, lhe protegem. Muitas são as características de uma amizade perfeita. Cada um as define à sua maneira, de acordo com as necessidades que lhe cabem.
Sou muito feliz pelos amigos que tenho. Raramente me ligam, nem sempre me apóiam, diversas vezes não me defendem. Alguns já jogaram minha moral lá em baixo. Outros apontaram com desdém os meus defeitos. Deixaram-me desprotegido e me fizeram chorar.
Por tudo isso, considero-os meus amigos. Deposito neles minha maior confiança. Quando me negaram apoio ou não me defenderam, sabiam que eu estava errado, e com isso aprendi. Se derrubaram minha auto-estima, é porque o orgulho e a vaidade me subiam à cabeça, e isso me corrompia. Quando apontaram meus defeitos queriam me indicar o erro. Se me deixaram sem proteção, é porque sabiam que no choro eu me fortaleceria. Se raramente me ligam, é porque não é necessário, nos sabemos mesmo à distância.
Parafraseando Vinícius de Morais, digo que a amizade é um sentimento muito mais nobre que o amor. O amor não permite que seu objeto se divida em outros tipos de afeto, pois possui inerente o ciúme. Assim, mesmo sofrendo, poderia suportar perder todos os meus amores, mas perderia o chão se me faltassem os amigos.
Na vida não fazemos amigos, não os conquistamos nem os escolhemos, simplesmente os reconhecemos.
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