“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria; aperta e depois afrouxa e depois desinquieta. O que a vida quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a sorrir no meio da tristeza. Todo caminho da gente é resvaloso, mas cair não prejudica demais. A gente levanta, a gente sobe, a gente volta” – Guimarães Rosa
Voltei. Com certeza ainda não foi para ficar. Mas, cá estou: projetando, divagando, construindo, cantando e, principalmente, sorrindo. Observando a vida como quem assiste a um filme. Não se trata de encarar a vida como ficção, não é isso. Mas de sentir as emoções com a mesma naturalidade com a qual a retina capta a luz; de perceber o movimento do dia e da noite através dos sons; de oferecer ao paladar sabores que remetem à infância; de sorrir e chorar com a certeza de que há sempre mais surpresas.
Retirei da gaveta o (auto) roteiro inacabado. A experiência na escrita me ensinou que sempre vale a pena reescrever um texto. Aproveita-se as boas idéias e novos sentimentos melhoram o tom da narrativa. Diria que antes o foco era o teatro. Agora almejo a sétima arte! No tablado há um centro em torno do qual acontecem os fatos. Há superficialidade no trato com os personagens (por vezes até com o próprio enredo). Já no cinema há possibilidade de captar o todo; de dar destaque a um gesto que o mereça ou de pôr em extra campo algo que crie mais expectativas.
Quando pintado de romance, um roteiro ganha muito mais charme. Assim como ir ao cinema é mais gostoso quando bem acompanhado! Mas, isso é matéria de tempo (ou de vento, já disse algo semelhante aqui). Enquanto isso, “carpe diem”!
P.S.: A epígrafe já foi usada antes, mas pediu para ser repetida! E aos pouquíssimos leitores que ainda visitam o Solilóquios, agora acho que enfim conseguirei atualizar como pretendo!
2 comentários:
Acho que vc deve imaginar minha opinião sobre isso. Sou muito mais teatro. Cinema, sem dúvida, dá uma amplitude maior, possibilidades técnicas mil, mas nada mais emocionante que VER a expressão na resolução pessoal, próxima e tal.
Cinema: aquela coisa take a take, "corta, vai, espera, continua, de novo" esfria e deixa o processo mais técnico. Teatro eu sinto mais emoção verdadeira, mais humana: é ali, é agora, é ao vivo, IMPROVISA! Quer mais adrenalina que improvisação?
Para mim, teatro é mais desafiante.
Ok, não desmereço o cinema, que tem todas suas qualidades.
O que importa é ter a iniciativa! Torço para que você realmente coloque os planos em prátic. Hoje, acho que as pessoas estão muito fragmentadas, separadíssimas do que realmente são e nem fazem idéia disso. A arte pode ser uma opção para fazer o homem se encontrar, conseguir fazê-lo ver melhor as coisas e sentir mais o que vive!
Beijão, Danizão!
A opção agora é o cinema? Pois bem: luzes, camera e (principalmente) ação! O roteiro da sua vida é você quem escreve. Espero que daqui pra frente haja cada vez menos drama e cada vez mais romance. Ou melhor, comédias românticas, que é pra dar um tempero a mais. Hehehe! Afinal (fugindo da dicotomia do post e buscando abrigo em outra arte, a da música) "quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Abração!
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