20.8.07

Carpe Diem

“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria; aperta e depois afrouxa e depois desinquieta. O que a vida quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a sorrir no meio da tristeza. Todo caminho da gente é resvaloso, mas cair não prejudica demais. A gente levanta, a gente sobe, a gente volta” – Guimarães Rosa

Voltei. Com certeza ainda não foi para ficar. Mas, cá estou: projetando, divagando, construindo, cantando e, principalmente, sorrindo. Observando a vida como quem assiste a um filme. Não se trata de encarar a vida como ficção, não é isso. Mas de sentir as emoções com a mesma naturalidade com a qual a retina capta a luz; de perceber o movimento do dia e da noite através dos sons; de oferecer ao paladar sabores que remetem à infância; de sorrir e chorar com a certeza de que há sempre mais surpresas.

Retirei da gaveta o (auto) roteiro inacabado. A experiência na escrita me ensinou que sempre vale a pena reescrever um texto. Aproveita-se as boas idéias e novos sentimentos melhoram o tom da narrativa. Diria que antes o foco era o teatro. Agora almejo a sétima arte! No tablado há um centro em torno do qual acontecem os fatos. Há superficialidade no trato com os personagens (por vezes até com o próprio enredo). Já no cinema há possibilidade de captar o todo; de dar destaque a um gesto que o mereça ou de pôr em extra campo algo que crie mais expectativas.

Quando pintado de romance, um roteiro ganha muito mais charme. Assim como ir ao cinema é mais gostoso quando bem acompanhado! Mas, isso é matéria de tempo (ou de vento, já disse algo semelhante aqui). Enquanto isso, “carpe diem”!

P.S.: A epígrafe já foi usada antes, mas pediu para ser repetida! E aos pouquíssimos leitores que ainda visitam o Solilóquios, agora acho que enfim conseguirei atualizar como pretendo!

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho que vc deve imaginar minha opinião sobre isso. Sou muito mais teatro. Cinema, sem dúvida, dá uma amplitude maior, possibilidades técnicas mil, mas nada mais emocionante que VER a expressão na resolução pessoal, próxima e tal.
Cinema: aquela coisa take a take, "corta, vai, espera, continua, de novo" esfria e deixa o processo mais técnico. Teatro eu sinto mais emoção verdadeira, mais humana: é ali, é agora, é ao vivo, IMPROVISA! Quer mais adrenalina que improvisação?
Para mim, teatro é mais desafiante.
Ok, não desmereço o cinema, que tem todas suas qualidades.
O que importa é ter a iniciativa! Torço para que você realmente coloque os planos em prátic. Hoje, acho que as pessoas estão muito fragmentadas, separadíssimas do que realmente são e nem fazem idéia disso. A arte pode ser uma opção para fazer o homem se encontrar, conseguir fazê-lo ver melhor as coisas e sentir mais o que vive!
Beijão, Danizão!

Marco disse...

A opção agora é o cinema? Pois bem: luzes, camera e (principalmente) ação! O roteiro da sua vida é você quem escreve. Espero que daqui pra frente haja cada vez menos drama e cada vez mais romance. Ou melhor, comédias românticas, que é pra dar um tempero a mais. Hehehe! Afinal (fugindo da dicotomia do post e buscando abrigo em outra arte, a da música) "quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Abração!