11.8.10

Tanta saudade...

Faço longas cartas pra ninguém
Adriana Calcanhoto

Oh, Darling, escrevo para dizer que sinto muito. Muito medo, muito sono, muito frio, muita fome. Muita fome, você sabe.

Faz tanto tempo que você se foi, Darling, e eu sinto tanto. Tanto receio, tanta saudade, tanta preguiça, tanta vontade.

Sabe, Darling, faz tanto tempo que sinto tanto a sua falta. E é tanto medo, tanto frio, tanto sono. Tanto sono, Darling. Tanta fome, tanta saudade.

Muito a falar, muito a contar e eu precisava tanto ouvir. Mas, você se foi sem nada dizer – e eu sinto tanto.

Vontade. Saudade. Dor.

Desculpe, Darling, mas dói. E muito. Tanto silêncio, tanto desprezo, tanto asco. Asco, Darling? Compreendo. Eu compreendo sempre. Perdôo. Perdoa?

Tanto medo, tanta fome, tanto frio, tanto sono, tanta saudade.

Mas, escrevo mesmo para dizer que sinto muito, Darling. Muito remorso, muita mágoa, muita dor, muita saudade. Tanta saudade.

Perdoa, Darling? Perdôo.

Com amor,

Augusto

2 comentários:

Filipe Isensee disse...

Primeiro, obrigado pelas boas palavras. Mas o melhor do comentário foi mesmo a possibilidade de eu descobrir esse espaço e de ler algumas coisas por aqui. passarei e estarei a passar mais. hahaha, jornalismo para mim é muito difícil, não tanto pela objetividade da escrita, mas mais pelo objetivo - às vezes soa sem som ou sal.

David Thimotti disse...

Sinto saudades, saudades de você... e não é pouca é muita saudades. Mesmo estando com vc semana passada sinto saudades... não sei explicar, mas mesmo estando perto de ti, sinto que esta longe e estar longe tráz saudades.

Grande abraço meu amigo!!!