"Só choro às vezes porque a vida me parece bela (O sol. As cores. As coisas.). Mas é de emoção, não de dor. Tá tudo certo."
Caio Fernando Abreu
Queria chorar mais. De emoção e de dor também. Aliviar mais, pois sinto dor, sim. Porque me sinto vazio muitas vezes. Mas tá tudo certo, sempre.
Duros os últimos acontecimentos. Morte, doença, dores, traumas, ilusões e desilusões e tanta coisa mais... tudo junto e embolado. Mas, me sinto maduro e, então, tá tudo certo.
Exatamente uma semana após o meu aniversário, sinto que o inferno astral passou. Se leve ou pesado, eu não sei. Mas terminei o "tal balanço" e vi que é tudo muito positivo. Até demais.
Entre perdas e ganhos, acertos e erros e etc, etc, vejo tudo positivamente. Nas mínimas coisas da minha vida ao longo destes 25 outonos, vejo o resultado bem Ying.
Outonos... curioso: sempre gostei tanto desta estação e somente no começo deste outono, o vigésimo quinto que vejo, me dei conta de que nasci no momento em que a natureza começa a se resguardar para, no inverno, se recolher e nutrir forças para, na primavera, desabrochar radiante e ganhar mais resistência para, no verão... Bonito o outono. Muito bonito!
Neste exato momento em que escrevo estes registros, gozo de uma serenidade de velho. Sim, porque acredito que na velhice rememoramos os fatos passados com a mesma calma de espírito que experimento agora. Tudo bem que o clima da Praça do Papa sempre me acalenta. Mas, estou lúcido e percebo que minha serenidade é endócrina, não exócrina.
Há tempos precisava tanto parar para respirar um pouco. Qual lugar eu poderia escolher para ficar a sós e tentar ouvir o meu silêncio senão a Praça do Papa? E faz uma noite tão linda. Há pouco ainda havia sol e a Serra está tão verde... Desejei tanto ter uma mão gigante para acariciá-la! Agora já está escuro e a Serra é apenas um imenso e lindo vulto negro. E a lua quase-cheia resplandece entre nuvens avermelhadas.
Tão linda a lua. Tão linda a Serra. Tão linda a cidade tão brilhante lá embaixo. Tão linda a vida! Tão linda a minha vida! Tão...
Há fatos tristes, muito tristes, em minha vida. E há erros absurdos que trouxeram perdas irreparáveis... E me pergunto agora, mais uma vez, porque não seguimos conselhos de mãe? Anteciparíamos tanto aprendizado sem dor...
Mas o ontem já morreu e eu estou vivo. E preciso sobreviver ao hoje. Afinal, o amanhã não existe para ninguém.
Me sinto maduro e forte de espírito. Tá tudo certo.
Duros os últimos acontecimentos. Morte, doença, dores, traumas, ilusões e desilusões e tanta coisa mais... tudo junto e embolado. Mas, me sinto maduro e, então, tá tudo certo.
Exatamente uma semana após o meu aniversário, sinto que o inferno astral passou. Se leve ou pesado, eu não sei. Mas terminei o "tal balanço" e vi que é tudo muito positivo. Até demais.
Entre perdas e ganhos, acertos e erros e etc, etc, vejo tudo positivamente. Nas mínimas coisas da minha vida ao longo destes 25 outonos, vejo o resultado bem Ying.
Outonos... curioso: sempre gostei tanto desta estação e somente no começo deste outono, o vigésimo quinto que vejo, me dei conta de que nasci no momento em que a natureza começa a se resguardar para, no inverno, se recolher e nutrir forças para, na primavera, desabrochar radiante e ganhar mais resistência para, no verão... Bonito o outono. Muito bonito!
Neste exato momento em que escrevo estes registros, gozo de uma serenidade de velho. Sim, porque acredito que na velhice rememoramos os fatos passados com a mesma calma de espírito que experimento agora. Tudo bem que o clima da Praça do Papa sempre me acalenta. Mas, estou lúcido e percebo que minha serenidade é endócrina, não exócrina.
Há tempos precisava tanto parar para respirar um pouco. Qual lugar eu poderia escolher para ficar a sós e tentar ouvir o meu silêncio senão a Praça do Papa? E faz uma noite tão linda. Há pouco ainda havia sol e a Serra está tão verde... Desejei tanto ter uma mão gigante para acariciá-la! Agora já está escuro e a Serra é apenas um imenso e lindo vulto negro. E a lua quase-cheia resplandece entre nuvens avermelhadas.
Tão linda a lua. Tão linda a Serra. Tão linda a cidade tão brilhante lá embaixo. Tão linda a vida! Tão linda a minha vida! Tão...
Há fatos tristes, muito tristes, em minha vida. E há erros absurdos que trouxeram perdas irreparáveis... E me pergunto agora, mais uma vez, porque não seguimos conselhos de mãe? Anteciparíamos tanto aprendizado sem dor...
Mas o ontem já morreu e eu estou vivo. E preciso sobreviver ao hoje. Afinal, o amanhã não existe para ninguém.
Me sinto maduro e forte de espírito. Tá tudo certo.
2 comentários:
E que inferno astral este pelo qual você passou, heim amigo? Mas agora começa um novo ciclo. E que o futuro lhe reserve presentes cada dia mais radiantes. Abs.
O silêncio, às vezes, nos responde a perguntas tão instigantes. Mas, ao mesmo tempo, nos coloca diante de questões tão doloridas. A própria dor, a saudade, a solidão, a alegria - por que não? - estão sempre presentes em nós e é no silêncio que todos esses sentimentos se afloram, de uma só vez. Talvez seja por este motivo que muitos temem o silêncio, ele chega quase a ser insuportável. Você, como poeta que é, descobriu as letras para descarregá-los. É com essas mesmas letras que tento encontrar palavras pra te dizer: Daniel, você é fodaaaa!!! Bonito demais isso...
A Praça do Papa realmente alivia...
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