17.5.06

10/01/2006



Eu amo Belo Horizonte! Vista assim, da Praça do Papa, é mais linda ainda!




Pensar, refletir, raciocinar, filosofar, discorrer, ponderar, divagar, argumentar, criticar, questionar... Pensar. Afinal, penso logo existo (afirmativa e interrogativa)!

Já estou me acostumando em ser chamado de doido. Ei, não é piada não! Desde criança meus coleguinhas me chamavam de ET. Não porque eu fosse verde ou passasse o dia inteiro apontando para o céu como se quisesse voltar para casa, mas falavam que eu era de outro mundo. Por quê? Não sei. Imagino porque, à época, com 8 anos, preferia brincar com meu kit de química e meu microscópio a jogar futebol de botão. Aos 9 preferia livros a vídeo games. Com 10 comecei a estudar japonês. Com 13 matava aula para freqüentar a faculdade de medicina e vasculhar sua biblioteca e seus museus. Após os 14 experimentei maconha, aí piorou tudo! Agora, na faculdade, meus amigos criaram (na verdade plagiaram!) a expressão “danializar” para se referirem ao meu modo de interpretar as coisas.

Realmente, eu viajo demais! Mas não vejo nada de anormal nisso. Todo mundo reflete o tempo todo, pensa na vida, na morte, nas dívidas, nos amores, nos desamores, nos que já foram, nos que ainda vão vir, na bezerra... Enfim, pensar é uma constante na vida do homem.

Estive pensando... resolvi postar!

Ontem fui comemorar o aniversário de um querido amigo. Daqueles que a gente conhece há anos, nunca perde o contato, mas se encontra somente à sorte do acaso. Pouquíssimas foram as vezes que conseguimos marcar um encontro. Mas sempre nos encontramos, por acaso, em lugares pra lá de inusitados.

Originalíssima a comemoração: lual regado a vinhos, ao som de violões, bongô, xique-xiques e muitos amigos formando uma grande roda no gramado da praça. A lua crescente deu o ar de sua graça e poucas nuvens possibilitaram uma linda visão do céu e da cidade iluminada.

Foi uma noite agradabilíssima! Cheguei na Praça por volta de 19 horas. Ninguém da turma havia chegado ainda. Sentei-me e passei a........VIAJAR, claro! Cenas bucólicas me alegraram profundamente! Achei lindo um casal de namorados rolando na grama, brincando como crianças; crianças soltando pipas; dois amigos fumando maconha e trocando um papo super cabeça (até da atual política econômica do país eles falaram!); um rapaz jovem, cerca de 23 anos, desprendendo uma atenção incrível à um menino que, aparentemente, é seu irmão e possui algum tipo de deficiência mental. Esta última cena me emocionou muito.

O sol se pôs, as luzes da cidade se acenderam, a lua brilhou mais forte, o frio começou a apertar e nada do pessoal chegar. Quando chegaram já passava de 20:30h. Valeu a pena esperar. Sobretudo porque reencontrei uma mulher que conheci há seis anos, quando ainda tinha apenas 16.

Ela é uma mulher fantástica! A começar pelo sobrenome: Beleza. A conheci por intermédio de meu amigo que aniversariou ontem. Na época, ela devia ter uns 35 anos. Nos conhecemos em um boteco do centro da cidade e batemos altos papos. Ela, assim como outras pessoas que estavam na mesa, demonstrou-se admirada comigo. Dizia que eu não tinha postura de um menino de 16 anos, pois me sentei à mesa acompanhado por pessoas bem mais velhas e mantive um diálogo coerente e seguro.

Naquela noite em que nos conhecemos, Beleza me deu um conselho que eu jamais esqueci. Fiquei muito feliz por reencontrá-la ontem e ouvir de sua boca que se sentia contente em perceber que eu o segui. “Lindo perceber que você está ainda mais maduro e que não deu ouvidos àqueles que te chamavam de ET ou louco”, disse.

Após esse comentário, comecei a pensar....................

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