Que vontade de viajar... Em janeiro, durante minhas férias, viajei para Belo Horizonte (vide alguns posts abaixo). Foi bacana, mas faltaram algumas coisas básicas, como pegar estrada e ficar hospedado em algum lugar (que não minha casa!).
Semana que vem entro de férias novamente (Não, eu não sou deputado. Tenho férias coletivas na empresa duas vezes por ano: 20 dias em janeiro e 10 em julho, ou seja, TRINTA DIAS como manda o CLT). E, assim como em janeiro, ficarei em BH.
Acho que nada me proporciona tanto prazer quanto viajar. Amo estrada; adoro parada de ônibus em BR às 3 da manhã; sou apaixonado pela paisagem das estradas de Minas; me fascina conhecer pessoas de outros lugares; me sinto muito mais eu quando estou fora de minha cidade.
Uma das coisas que faço sempre quando viajo é puxar conversa com as pessoas. Mineiro, sabe como é né?! É curioso como minha timidez desaparece fora de Belo Horizonte. Chego em qualquer grupo e vou logo puxando assunto. Além, é claro, de ficar íntimo do dono do buteco e da dona da pensão!
Semana passada fiz algo, para mim, inusitado a não ser em minhas viagens! Passando de ônibus na Afonso Pena, por volta das 8 da noite, vi um carinha sentado embaixo de uma árvore na Praça 7 tocando violão. Achei a cena o máximo! Dei sinal e saltei do ônibus. Cheguei próximo do carinha, disse “colé!” e me sentei ao lado dele. Acompanhei três músicas e fui embora. Se estivesse viajando, com certeza ficaria horas sentado ali, e chamaria outros transeuntes para se juntarem a nós.
Segui meu caminho sem saber o nome do maluco, de onde vinha ou para onde pretendia ir. Me ative apenas à situação: um cara sentado sozinho, àquela hora, em plena Praça 7, tocando violão.
Lembrei-me do ocorrido após ler um texto enviado pela Mah sobre “Terrorismo Poético – TP”, de Hakim Bey. Resumindo um pouco, o TP consiste em praticar atos capazes de provocar reações tão fortes quanto o terror, por meio de choques estéticos, poéticos, líricos e lúdicos.
O que me chamou a atenção no carinha da Praça 7 foi justamente o choque estético. O cara estava no meio da Praça mais movimentada da capital, fazendo música apenas. Bem diferente daqueles “artistas de rua” que ganham a vida com a “arte da praça”.
Acredito que um bom representante do TP seja o poeta Gentileza. José Datrino, o Gentileza, nasceu em São Paulo e foi morar no Rio de Janeiro. Por motivos que desconheço, na década de 70 começou a “pregar” a gentileza nas ruas cariocas. Nos anos 80 ele pintou seus escritos embaixo do viaduto do Caju, mas a pintura foi apagada com cal.
Semana que vem entro de férias novamente (Não, eu não sou deputado. Tenho férias coletivas na empresa duas vezes por ano: 20 dias em janeiro e 10 em julho, ou seja, TRINTA DIAS como manda o CLT). E, assim como em janeiro, ficarei em BH.
Acho que nada me proporciona tanto prazer quanto viajar. Amo estrada; adoro parada de ônibus em BR às 3 da manhã; sou apaixonado pela paisagem das estradas de Minas; me fascina conhecer pessoas de outros lugares; me sinto muito mais eu quando estou fora de minha cidade.
Uma das coisas que faço sempre quando viajo é puxar conversa com as pessoas. Mineiro, sabe como é né?! É curioso como minha timidez desaparece fora de Belo Horizonte. Chego em qualquer grupo e vou logo puxando assunto. Além, é claro, de ficar íntimo do dono do buteco e da dona da pensão!
Semana passada fiz algo, para mim, inusitado a não ser em minhas viagens! Passando de ônibus na Afonso Pena, por volta das 8 da noite, vi um carinha sentado embaixo de uma árvore na Praça 7 tocando violão. Achei a cena o máximo! Dei sinal e saltei do ônibus. Cheguei próximo do carinha, disse “colé!” e me sentei ao lado dele. Acompanhei três músicas e fui embora. Se estivesse viajando, com certeza ficaria horas sentado ali, e chamaria outros transeuntes para se juntarem a nós.
Segui meu caminho sem saber o nome do maluco, de onde vinha ou para onde pretendia ir. Me ative apenas à situação: um cara sentado sozinho, àquela hora, em plena Praça 7, tocando violão.
Lembrei-me do ocorrido após ler um texto enviado pela Mah sobre “Terrorismo Poético – TP”, de Hakim Bey. Resumindo um pouco, o TP consiste em praticar atos capazes de provocar reações tão fortes quanto o terror, por meio de choques estéticos, poéticos, líricos e lúdicos.
O que me chamou a atenção no carinha da Praça 7 foi justamente o choque estético. O cara estava no meio da Praça mais movimentada da capital, fazendo música apenas. Bem diferente daqueles “artistas de rua” que ganham a vida com a “arte da praça”.
Acredito que um bom representante do TP seja o poeta Gentileza. José Datrino, o Gentileza, nasceu em São Paulo e foi morar no Rio de Janeiro. Por motivos que desconheço, na década de 70 começou a “pregar” a gentileza nas ruas cariocas. Nos anos 80 ele pintou seus escritos embaixo do viaduto do Caju, mas a pintura foi apagada com cal.
Como ficarei, novamente, em Belo Horizonte durante minhas férias, acho que irei aceitar o convite da Mah e sair pelas ruas praticando um pouco de TP. Sei lá, vou escrever poesias em vidros de carros ou, quem sabe, levar uma TV e um aparelho DVD para a Praça 7 a fim de exibir o documentário do Vinícius de Moraes!
Alguém disposto a formar um grupo Terrorista-Poético?!
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A imagem acima foi retirada do blog do Guilherme Carvalho, um conhecido meu que se dedica à pintura. O nome deste quadro é “Nota Sol p/a Lua Nova”. O cara tem quadros lindos! Se alguém quiser me presentear, entre em contato com o Guilherme!
11 comentários:
Meu Deus!!! Fazer parte do "delírio" poético de alguém como você é uma honra! Estou totalmente pronta e disposta a fazer parte do grupo!! Quando começamos? A sua disposição de sonhar e viajar no próprio pensamento encanta qualquer pessoa. Você é a prova de um dom bem utilizado! Me chame quando for por em prática seus suaves e belos "devaneios"! Grande bjo poeta!!!
Profeta Gentileza! Muito bem lembrado!! =)
Adorei o episódio do rapaz da Praça 7.
E sabe, não é difícil fazer coisas belas pras pessoas!! Vamos aproveitar essas férias sim!! ;)
Te adoro!!!
Expresse de forma autêntica, de forma prática e intensa.
Dá tesão arriscar...
beijos, até a noite.
Muito bacana a idéia.
Gostaria muito de participar também de uma ação dessas.
Mas ultimamente tenho andado tão atarefado, apressado, preocupado, atrasado, estressado,...
Pelo visto tenho mesmo é que SER ALVO de um ato de Terrorismo Poético!!!!
Ah, visitei o Gui Carvalho! Bela escolha!! =***
Tô começando a achar quer o "trem" tá ficando sério demais... o pior (melhor) é que eu tô gostando... e vc?
Dani, se formar um grupo TP to dentro...adoro essas coisas!!!!
Adorei o texto, lindo mesmo!!!!
Bom, pra vc ver que ainda existem pessoas aki em Bh que estão dispostas a apenas se divertir na praça! sem se preocupar com o que acontece ou deixa de acontecer, sem ficar neurado com um assalto ou algo assim!!!!
Meio nada a ver meu coments, mas td bem!!!
Bjs
Dani como é a primeira vez que estou fazendo um comentário no seu blog, vou encher sua bola um pouquinho (rs), então, gostaria de agradecer pelos textos maravilhosos que vc esreve e compartilha com a galera!!! É simplesmente um prazer passar no solilóquios e ler seus textos...
AH! claro que gostaia de participar do grupo TP.
Bjos.
Vi
Acho que vc não entendeu bem o que eu quis dizer... melhor assim!
Só pra ver se vc entende melhor... eu não gosto de ficar na dúvida! Queria saber o que realmente está acontecendo pra não criar falsas expectativas... entendeu???
O problema é conseguir saber, uma vez que, não cosigo obter a informação...
cof, cof!!! que poeira!!!
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